Viagens corporativas requerem uma atenção especial dos gestores para que ocorram da melhor forma, ao mesmo tempo que promovam o melhor custo benefício para a empresa. E pensando em custos, existem um principal que, sem ele, não existe a viagem: o meio de transporte.
Para um colaborador sair da cidade onde mora para fazer negócios ou trabalhar em outro local, ele pode ir com um carro (próprio ou alugado), de ônibus rodoviário ou de avião. Cada uma dessas possibilidades tem um custo, vantagens e desvantagens para o colaborador e para a empresa.
Pensando nisso, trouxe hoje um comparativo entre essas opções de transporte que são as mais populares no Brasil para te ajudar no planejamento da próxima viagem.
O que é preciso se atentar?
Começo então mostrando algumas variáveis que vão te ajudar a definir o meio de transporte ideal para a viagem de algum colaborador:
Quem está viajando
Antes de tudo, é preciso saber quem vai viajar. Pessoas são diferentes e têm diferentes necessidades, além de diferentes cargos (e diferentes exigências).
Se quem vai viajar é um diretor ou coordenador, pode ter certeza que ele vai querer viajar de avião e na melhor poltrona disponível. Dependendo da empresa e das influências do viajante, pode ter certeza que o dinheiro para essa viagem ocorrer vai ser um detalhe que o financeiro tratará de resolver quando a conta chegar. Em outras empresas, pessoas que ocupam cargos mais altos podem não ligar muito para tantos mimos e ficar satisfeitos apenas com uma viagem mais confortável.
E se quem viaja é de cargos comuns e que precisam seguir à risca a política de viagens, é sempre desejável conseguir o melhor possível dentro das possibilidades de investimento para a viagem.
Outro ponto importante a pensar são as características de cada viajante: algumas pessoas podem necessitar de meios de transporte mais inclusivos e que se adequem a suas condições. Companhias aéreas, por exemplo, tendem a ajudar pessoas que precisam, por exemplo, armazenar medicamentos em condições especiais e, até mesmo, receber um alimento específico.
O destino
Às vezes, nem tudo é sobre o trajeto… é importante também pensar no destino. A maior parte das cidades brasileiras não possuem um aeroporto ou uma locadora de veículos. Às vezes, pode existir um desses serviços com proximidade, mas é preciso avaliar os custos de transferência, o tempo a ser gasto de transporte, entre outros.
Contudo, uma coisa que existe em uma quantidade bem maior são rodoviárias e terminais de ônibus espalhados pelos estados. Então, dependendo do destino, é necessário mais de um meio de transporte para chegar até lá.
Objetivo da viagem
O objetivo da viagem vem junto com a pergunta: o que precisa ser levado? Se o objetivo da viagem é uma reunião com investidores, é possível um executivo ir e voltar num só dia de avião levando apenas uma mala básica para possíveis emergências. Mas se for uma visita técnica de um engenheiro, fica mais complicado levar equipamentos e EPIs.
O objetivo da viagem precisa ser considerado, principalmente quando pensamos em bagagem e no tempo gasto no local para cumprir os objetivos. Inclusive, esse é o gancho para o próximo tópico.
Tempo gasto para chegar vs. tempo de estadia
Alinhado ao objetivo, fica os questionamentos: em quanto tempo o colaborador precisa chegar lá? Quanto tempo ele vai ficar?
A primeira pergunta é óbvia nesse contexto: se é algo urgente e existe a possibilidade de ir voando, pode ter certeza que ir de avião é a melhor escolha. Mas as vezes, dependendo da distância e da necessidade, outros meios podem fazer mais sentido.
Já a segunda é mais complicada. Imagine comigo: um representante de vendas de BH precisa visitar uma empresa parceira em SP. De ônibus ou carro, é necessário, pelo menos, 8 horas de viagem. Considerando ida e volta, o funcionário pode gastar cerca de 20 horas para fazer uma reunião de 2 no destino, com muito cansaço se for dirigindo e de ficar esperando o próximo embarque. Faz mais sentido, então, ir e voltar de avião. Mas se for uma viagem para um evento de 3 dias, pode ser até interessante a viagem de ônibus, pois é mais barata, pode ser feita em carros com assentos leito e durante a noite para o descanso do colaborador.
O ponto aqui é: pense no conforto do colaborador e que o tempo gasto com transporte é tempo perdido. Por isso, se o transporte gasta mais tempo que a tarefa em outro local, repense!
Custo
Por fim, e não menos importante, o custo precisa ser considerado. A política de viagens da sua empresa pode falar melhor sobre isso do que eu, mas a gente sabe que uma passagem de avião tende a ser mais cara que uma de ônibus ou do que o aluguel de um veículo. Por isso, é importante alinhar o transporte com o que a empresa define que pode ou não ser gasto.
Mas não deixe de pensar nos outros pontos que já citei: tempo em viagem é tempo perdido, às vezes a economia não se justifica no fim das contas.
Pontos fortes e fracos de cada meio de transporte
Com as considerações acima, já dá pra pensar melhor em cada possibilidade de transporte, né? Mas pra te ajudar ainda mais, trouxe os pontos fortes e fracos de cada um dos meios que citei para te ajudar ainda mais na escolha!
Avião
✅ Mais rápido
✅ Melhor para longas distâncias
✅ Possibilidade de acordos e
programas de fidelidade
❌ Mais caro
❌ Menos bagagem
❌ Não têm em todos os lugares
Ônibus
✅ Mais barato
✅ Vai em quase todos os lugares
✅ Mais bagagem
❌ Mais demorado
❌ Menos amenindades
Carro alugado
✅ Independência de horários
✅ Usa a viagem inteira
✅ Adaptável a diferentes necessidades
❌ Precisa de CNH
❌ Menos bagagem
❌ Não têm em todos os lugares
Faça sua escolha conscientemente
Bem, são muitas variáveis que podem alterar a escolha de um meio de transporte, mas tem duas que preciso destacar:
Custo X Benefício
O maior desejo de todo gestor de viagens: garantir o melhor custo benefício desse investimento para a empresa. É aqui que entra a habilidade do gestor em fazer uma boa escolha e uma boa política de viagens para ter sempre o melhor retorno.
Alinhe bem os custos, o tempo gasto e os objetivos da viagem e pronto, você alcançou o melhor custo benefício para o transporte do colaborador na viagem.
Conforto do colaborador
Por fim, mas não menos importante, pensar na empresa é valorizar o colaborador, afinal, ele traz os benefícios da viagem. Por isso, se for para alugar um veículo, pense num carro automático, com ar condicionado e seguro completo. Se precisar ir de ônibus, considere um ônibus semi-leito. E se for de avião, escolha voos com menos escalas e em horários adequados. O bem-estar deve ser o foco da política de viagens da sua empresa!
E ai, vai de que? Compartilhe este conteúdo e comente: qual meio de transporte prefere para suas viagens e para as da sua empresa?