Deveres e direitos do trabalhador em viagem a trabalho – Guia Completo
Tanto o gestor quanto o colaborador devem estar por dentro dos direitos e deveres em viagens corporativas; medida é essencial para evitar problemas

Estar ciente de quais são os seus direitos e deveres durante uma viagem a trabalho é fundamental. O viajante garante que está cumprindo a sua obrigação, com seus direitos preservados, ao mesmo tempo em que o gestor de viagens corporativas garante o bom relacionamento com o colaborador e não infringe nenhuma norma da legislação trabalhista.
Mas, o que pode e o que não pode ser feito durante uma viagem a trabalho ainda é um tema recorrente de dúvidas, bem como quais são os direitos do trabalhador durante um compromisso como esses. Pensando em esclarecer esse assunto de uma vez por todas, preparamos esse artigo, com um guia completo dos direitos e deveres do colaborador em viagem a trabalho:
- O que pode ser feito durante uma viagem a trabalho?
- O que não pode ser feito durante a viagem corporativa?
- Quais são os deveres do trabalhador viajante?
- Quais são os direitos de quem viaja
Vamos lá?
Mas antes, o que é mesmo uma viagem a trabalho?
Primeiro, é preciso ter em mente o que é uma viagem corporativa. Essa viagem é um deslocamento que o colaborador faz para representar a empresa e os seus interesses em compromissos profissionais, seja em eventos, feiras, reuniões de negócios, encontros com clientes e outras atividades relacionadas à profissão.
Portanto, o colaborador que viaja a trabalho deve ter em mente que está representando a sua empresa e todos os seus interesses.
O que pode
Durante esse tipo de viagem, o trabalhador pode:
- participar de eventos;
- visitar clientes ou potenciais clientes;
- ir até uma filial ou sede da companhia;
- participar de congressos;
- realizar cursos;
- outras atividades combinadas com a empresa e relacionadas diretamente ao serviço prestado.
Assim sendo, o trabalhador pode (e deve!) cumprir suas horas de trabalho enquanto estiver em uma viagem corporativa, representando a empresa e todos os seus colaboradores nos eventos corporativos e reuniões.
O que não pode
Por outro lado, o trabalhador deve evitar alguns comportamentos durante a viagem corporativa. Cada empresa pode ter uma política diferente com regras e normas mais específicas em relação ao que pode e não pode na viagem a trabalho. Por exemplo, se você pode (ou não) levar seu pet em uma viagem corporativa deve estar no documento de política.
Por isso, em caso de dúvidas, vale sempre perguntar ao gestor de viagens ou conferir o que diz o manual das políticas. Mas, de forma geral, o colaborador não deve:
- usar o dinheiro da empresa para gastos pessoais, como lembrancinhas e presentes, por exemplo;
- não comparecer ou se atrasar para compromissos profissionais;
- ficar indisponível ou passear durante o expediente combinado;
- não participar de eventos e demais encontros agendados.
De forma resumida, manter a aparência profissional e o comprometimento com as obrigações é essencial e, dessa forma, atitudes que vão contra os valores e missão da empresa também devem ficar de fora das viagens corporativas.

Deveres na viagem a trabalho
Os deveres da viagem corporativa estão diretamente relacionados ao que pode e não pode ser feito. Podemos dizer que os deveres estão envolvidos com o comportamento, pontualidade e representação positiva da empresa.
Também é necessário seguir as normas estabelecidas em relação ao cartão corporativo, adiantamentos ou reembolsos, de acordo com o que é definido pela gestão.
Além disso, cumprir o expediente de horas de trabalho, bater o ponto (com a ajuda de ferramentas, aplicativos ou sites a serem definidos pela empresa) e garantir que as atividades estabelecidas estão sendo cumpridas são deveres do trabalhador. Para isso, a empresa pode lançar mão de um check list ou até mesmo reuniões remotas.
Em alguns casos, também faz parte da lista de deveres estar de sobreaviso, ou seja, à disposição da empresa por um determinado tempo, que não pode ultrapassar 24 horas e deve ser remunerado em mais ⅓ do valor ordinário da hora.
Direitos na viagem a trabalho
Agora, vamos falar de quais são os direitos do trabalhador que está, como vimos, representando a empresa em uma viagem.
Dentre os direitos, está o pagamento pelo empregador dos seguintes itens:
- Passagens aéreas, rodoviárias ou ferroviárias;
- Alimentação;
- Hospedagem;
- Deslocamento, como carro de aluguel, carro de aplicativo ou ônibus, por exemplo;
- Entrada em eventos corporativos;
- Hora extra e sobreaviso, se aplicável.
Dessa forma, o pagamento das passagens, hotel corporativo, alimentação e possíveis ingressos para eventos empresariais (previamente combinados) são responsabilidade da empresa e são direitos do trabalhador.
Caso a carga horária ultrapasse aquela acertada em contrato trabalhista, o empregado terá direito também ao pagamento de horas extras.
No caso de um empregado CLT, geralmente, são 44 horas semanais a serem cumpridas. E, se as atividades ultrapassarem esse período, podem ser contabilizadas com o pagamento adicional (com acréscimo de 50% em dias comuns e de 100% em dias de repouso remunerado ou feriados).
O viajante também tem direito a receber o reembolso das diárias da acomodação e das passagens, sendo ressarcido pelos gastos da viagem a trabalho, caso não tenha recebido um adiantamento para esses custos.
Por fim, durante a viagem de trabalho, o colaborar também tem direito ao descanso semanal, conforme a lei trabalhista. Então, caso a viagem ultrapasse 7 dias, é obrigatório haver o dia de folga.
Qual a melhor forma de não deixar dúvidas dos direitos e deveres da viagem a trabalho na sua empresa?
Para os trabalhadores, a melhor solução é verificar o que diz a política de gestão de viagens da empresa em que trabalha. Também é importante que o trabalhador cheque o que consta no seu contrato de trabalho sobre as viagens a trabalho, isso porque se elas são previamente acertadas, é uma obrigação do empregado participar.
Em caso de dúvidas, além de ter em mente quais são os seus direitos trabalhistas em uma viagem corporativa, é recomendado procurar seu gestor de viagens, que é o profissional responsável por organizar e gerir as etapas de uma viagem de trabalho dentro da companhia.
Já para o gestor de viagens, além de organizar uma política de viagens corporativas adequada e dentro da lei, contar com uma plataforma de gestão de viagens e de despesas pode ajudar bastante. Principalmente para quem lida com muitas viagens e muitos colaboradores, nada melhor do que usar a tecnologia a favor para ter mais agilidade e praticidade.
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