Viagens a trabalho e filhos: 5 dicas para conciliar

Confira 5 dicas para aprender como conciliar filhos e viagens a trabalho, garantindo o bem-estar e a segurança das crianças.

Viajar a trabalho e deixar os filhos em casa… Nesse cenário, os sentimentos mais comuns são: culpa, por deixar os filhos “desamparados”, e insegurança de que algo ruim possa acontecer enquanto estiver longe demais para acudir.

Mas, nesses momentos, é importante tentar manter a calma e usar a razão para balancear os pensamentos catastróficos que possam surgir.

Primeiro, não tem por que se culpar. Você certamente já ouviu em algum momento: “Você faz viagens a trabalho, uau! Mas deixa seus filhos sozinhos?” ou “Mas com quem ficam seus filhos?”, como se você fosse a única pessoa no universo capaz de garantir a segurança deles. E isso não faz o menor sentido!

Você não está deixando-os sozinhos (exceto se forem adolescentes e saibam se virar) e nem cometeu nenhum crime. Sua carreira é tão importante e válida quanto a de qualquer pessoa e também um investimento para tentar garantir um bom futuro para toda a família.

Ter esses fatos bem definidas entre o casal, a família e possíveis curiosos é uma maneira interessante de reforçar a igualdade nos papéis entre os pais e contribuir para a diminuição do peso dessas expectativas.

Separamos algumas formas de deixar a situação mais leve e tranquila:

Dica #1: Crie uma rede de apoio

Desde o fatídico ano de 2020, trabalhar de casa, o famoso home office, tornou-se mais comum, mas não sendo o caso do parceiro(a) de quem viaja, o ideal é criar uma rede de apoio para ajudar em situações como essa.

Nem sempre as viagens a trabalho são planejadas com a antecedência ideal – afinal, imprevistos acontecem. Nessas horas, ter a quem recorrer, sejam os avós, titios, vizinhos ou até mesmo amigos de confiança, pode ajudar a trazer a paz mental que é tão importante para que tudo ocorra bem em uma viagem a negócios.

É fundamental, também, tentar combinar com quem ficará com a criança nos horários de ausência do parceiro(a) para tentar manter o máximo possível a rotina como de costume. Horários muito malucos dificultam o sentimento de normalidade e podem aumentar o estresse e a desobediência.

Dica #2: Organize-se com antecedência

Deixar tudo planejado é outra forma de se acalmar. Caso o filho esteja em fase de amamentação, tirar e armazenar o leite da maneira correta traz o conforto de saber que ele ao menos terá toda a nutrição necessária enquanto você está longe.

Se o pequeno já estiver na escola, confira a agenda dos dias que vai ficar fora e resolva qualquer pendência. Caso seja uma viagem muito longa, é interessante avisar a professora, para um apoio extra ao lidar com possíveis mudanças de comportamento. 

Se o pior acontecer e você não conseguir embarcar a tempo, explicamos em outro post o que fazer quando o vôo é cancelado por No-show.

filhos e viagem a trabalho
Conciliar paternidade e trabalho é uma tarefa que exige rede de apoio, principalmente para viagens a trabalho

Dica #3: Sinceridade é tudo

Se o filho for crescido o suficiente para entender o que está acontecendo, ajoelhe em sua altura e explique que precisa viajar a trabalho (e vai sim sentir saudades enquanto estiver lá), mas que é necessário e voltará em X dias.

Transmitir segurança para a criança é fundamental e falar a verdade cria um vínculo de confiança, não só para as viagens futuras, mas também para a vida.

Dica #4: Use a tecnologia a seu favor

Atualmente temos as facilidades da comunicação instantânea e usá-la ajuda a dar conta da saudade. Caso a internet não esteja disponível no local de destino ou seus horários livres sejam os que os filhos geralmente estão dormindo, mande áudios pelo aplicativo de mensagens de quem estiver responsável por eles.

Isso atua como uma lembrança de que você realmente falou a verdade sobre pensar neles enquanto está longe e que voltará logo, logo.

Se a internet e os horários não forem problemas, aposte na chamada de vídeo para trazer aquela conexão extra que só o olho no olho é capaz. Poder te ver e contar como foi o dia na escola ou em casa com certeza fará toda a diferença.

Dica #5: Traga uma lembrança

Caso o cronograma da viagem permita, traga uma lembrancinha para a criança — pode ser algo simples, como um ímã de geladeira da cidade que foi o destino — para mostrar que pensou nela.

O objeto também servirá como um símbolo de afeto para a criança lembrar da sensação maravilhosa que é receber a mãe ou o pai de volta e esperar com paciência nas próximas vezes. Também lembre-se de organizar um tempo de qualidades, com brincadeiras ou contato mais próximo, com os seus filhos para matar a saudade.

Embora fáceis em teoria, sabemos que não é uma tarefa simples cumprir os desafios e colocar essas dicas em prática. Porém, com muita dedicação, as viagens a trabalho deixarão de ser um bicho de sete cabeças para você e, mais importante, para seus filhos. 

Posso levar meus filhos na viagem a trabalho?

Essa é uma dúvida frequente para pais que viajam. Isso depende da política de viagens de cada empresa. Algumas empresas permitem que os viajantes levem familiares junto, desde que o viajante arque com as despesas extras. Já outras empresas não permitem acompanhantes nas viagens a trabalho.

Por exemplo, há alguns anos, a Kimberly-Clark inovou no assunto ao lançar a possibilidade de que as colaboradoras que estão amamentando possam levar seu filho, de até um ano, para viagens a trabalho com um acompanhante. Mas, sabemos que essa não é a realidade de grande parte dos negócios.

Se a sua empresa permite essa possibilidade, vale refletir sobre o desgaste da viagem para os filhos, principalmente no caso de crianças pequenas. Também é importante ter em mente que pode ser mais seguro mantê-los em casa, com a rede de apoio, com as suas atividades rotineiras.

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