O que é a segunda revolução do turismo corporativo?
Entenda qual é o impacto das travel techs para revolucionar o mercado de turismo corporativo e as viagens a trabalho.
O setor de turismo passa por constantes mudanças. Grande parte delas, causadas pelas inovações tecnológicas que ampliam o acesso a serviços e facilitam o processo de reservas e viagens.
Como parte integrante desse meio, as viagens corporativas não ficam de fora das atualizações de mercado e das revoluções tecnológicas.
Inclusive, na última década, aconteceu o que podemos chamar de segunda revolução do turismo corporativo, fortemente impulsionado pelo surgimento de travel techs e ferramentas com big data, cloud computing e inteligência artificial.
A seguir, faremos um repasse sobre as principais mudanças no setor de viagens corporativas ao longo dos anos, tratando da primeira e segunda revolução da área.
De onde surgiram as viagens corporativas?
As viagens corporativas surgiram com o desenvolvimento de empresas e negócios. Com a expansão comercial, com necessidades cada vez mais globalizadas e competitivas, as empresas investem em viagens para criar conexões com novos parceiros, clientes e investidores.
Esse setor de business travel ganha força com o desenvolvimento econômico do país, motivado principalmente pelo aumento na disponibilidade de voos comerciais. A partir daí, agências especializadas começam a oferecer serviços dedicados às empresas.
Nesse momento, já se sabia que as viagens a trabalho demandam processos totalmente diferentes das viagens a lazer, com normas baseadas na cultura de cada empresa e alinhadas às leis.
Isso envolve, inclusive, criar e desenvolver regras para essas viagens a trabalho, estabelecidas em políticas formais de viagens e procedimentos de reembolso. Também começa a criação de programas de fidelidade por companhias aéreas e hotéis destinados para atender às necessidades das empresas que viajam.
Até então, as viagens de negócios ficam mais restritas a cargos de alto nível, que viajam para representar a empresa. As viagens a trabalho eram consideradas um sinal de “status” dentro do mercado de trabalho.
Isso porque as viagens aéreas eram caras e menos acessíveis ao público em geral. Portanto, aquelas empresas que podiam arcar com os custos de enviar seus executivos em viagens de negócios geralmente faziam isso apenas para tarefas extremamente importantes e estratégicas, como negociações, fechamento de grandes contratos e reuniões de alto nível.
Primeira Revolução do Turismo Corporativo: OBTs
O mercado de business traveling é fortemente impactado pelo surgimento dos Online Booking Tools (OBTs). Essas ferramentas de reserva online marcam o que tratamos aqui como a primeira revolução do mercado de turismo corporativo.
O OBT permite que os gestores de viagem reservem voos, hotéis e carros de aluguel através de uma ferramenta online, oferecendo mais controle e eficiência.
Apesar disso, os OBTs tradicionais ainda eram muito restritos. A usabilidade era baixa e a ferramenta era difícil de utilizar, fazendo com que fosse necessário um intermediador entre o viajante e a reserva — que é a agência de viagens.
No Brasil, os OBTs começam a ganhar destaque nos anos 2000, conforme acontece a popularização de computadores e da internet.
Segunda Revolução do Turismo Corporativo: travel techs
Já na atualidade, vivemos a segunda revolução das viagens corporativas. Com o surgimento de travel techs, empresas de base tecnológica que atuam no mercado de viagens corporativas e turismo, percebe-se uma mudança no mercado.
Estudos, como o “Transformação Digital: uma análise entre as travel techs e empresas tradicionais de turismo do Brasil”, mostram que as empresas de tecnologia do mercado de viagens já nasceram digitalizadas e, por isso, estão à frente quando trata de grau de automatização e digitalização das empresas-clientes.
Essas ferramentas, como a Onfly, permitem que haja uma grande automação de processos e até mesmo a usabilidade “self-service” para os viajantes, já que são fáceis de usam e prezam por oferecer a mesma experiência das viagens a lazer nas viagens a trabalho.
Assim, reduz a necessidade de intermediários e permite um gerenciamento mais eficiente das viagens. Também são softwares muito mais avançados, que permitem integram a solução de gestão de viagens a outros sistemas, como ERPs e serviços de mobilidade urbana, como Uber, por exemplo.
Assim como outros mercados, a tecnologia se torna grande aliada das viagens a trabalho. Com o uso de inteligência artificial, big data e cloud computing, o processo se torna muito mais simples.
Vale lembrar ainda que, nesse cenário, as viagens são muito mais acessíveis e, por isso, são um investimento em diversos setores da empresa, desde o comercial até o operacional. Com esse grande fluxo de viagens, a tecnologia oferece ferramentas de análise avançadas para mais controle e gestão dos recursos de viagem.
Além disso, a experiência do viajante entra em foco. Quem viaja conquista autonomia, nas regras de políticas de viagens, para reservar suas viagens e fazer a prestação de contas, sem precisar de horas de treinamento para usar uma ferramenta.
O futuro das viagens corporativas
A tendência é que o mercado de viagens corporativas se torne cada vez mais tecnológico. Assim como a tecnologia revolucionou a forma de utilizar vários serviços, o mesmo acontece com o setor de turismo.
Para se ter uma ideia do impacto das viagens corporativas no Brasil, o setor fechou 2023 com um faturamento histórico. Segundo dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), divulgados pelo Ministério do Turismo, no ano passado, foram arrecadados R$ 13,5 bilhões, maior valor desde que o levantamento começou a ser realizado.
O dado reforça a força em crescimento e constante adaptação das viagens corporativas na economia brasileira e nos negócios das empresas do país.
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