Deslocamento administrativo: o que é e como funciona?

Quando o colaborador viaja uma curta distância pode ser considerado deslocamento administrativo. Entenda aqui como diferenciar da viagem corporativa.
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Em empresas dos mais diversos ramos, pode existir a necessidade do colaborador, prestador de serviços ou parceiro fazer uma viagem a trabalho para realizar atividades ligadas aos negócios.

Isso pode acontecer em casos de palestras, eventos, visitas a clientes, treinamentos, ações de expansão da empresa, dentre várias outras atividades. 

Mas também existem momentos em que o colaborador precisa se deslocar por distâncias mais curtas para realizar determinadas atividades. Isso também se enquadra nas viagens corporativas?
Apesar de muitas vezes serem apresentados como sinônimos, existem diferenças entre a viagem corporativa e o deslocamento administrativo.

Saiba mais sobre esse tema no artigo que preparamos para você, boa leitura!

O que é uma viagem corporativa?

As viagens corporativas são aquelas realizadas pelos funcionários em nome da empresa. Elas podem ter diversas motivações, como treinamentos, eventos de interesse, reuniões e encontros.

Geralmente, levam mais de um dia e possuem despesas como passagem (seja de ônibus ou de avião), alimentação e hospedagem.

O que é o deslocamento administrativo?

Os deslocamentos administrativos são realizados em um curto período, sem necessidade de hospedagem ou pernoite, e a distâncias mais curtas. 

Esses deslocamentos podem acontecer durante um dia normal de trabalho, para a realização de encontros com clientes ou parceiros, reuniões importantes, treinamentos de área e outras ocasiões de interesse da empresa.

Em resumo, podemos dizer que…

o que é deslocamento administrativo

O trajeto entre casa e trabalho é considerado deslocamento administrativo?

A hora in itinere, tempo despendido pelo empregado no deslocamento de sua residência até o efetivo local de trabalho, não é considerada deslocamento administrativo.

Até 2017, o deslocamento entre casa e trabalho era computado na jornada de trabalho dos funcionários diante de alguns requisitos (locais de difícil acesso e não servido por transporte público regular e condução fornecida pelo empregador).
A Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017) alterou a redação do artigo 58, §2º, da CLT, eliminando a previsão das horas in itinere. Assim, na legislação vigente, o tempo de deslocamento não é computado na jornada de trabalho, mesmo que o empregador forneça o transporte, a não ser que tenha sido realizado um acordo ou convenção coletiva entre empregador e empregado.

Qual a diferença entre viagem corporativa e deslocamento administrativo?

Para ilustrar de maneira clara, criamos uma tabela que demonstra as principais diferenças entre esses dois tipos de deslocamento a trabalho. Confira:

Ocorre em viagem corporativa?Ocorre em deslocamento administrativo?
Curta distânciaSim, pode ocorrerSim
Longa distânciaSim, também pode acontecerNão ocorre
PernoiteSim, pode ser necessárioNão ocorre
AlimentaçãoSimSim
TransporteSimSim
AéreoSim, dependendo da viagemNão ocorre

É muito importante prestar atenção aos fatores de forma combinada. Um deslocamento que é de curta distância, mas que demanda pernoite, por exemplo, já é uma viagem corporativa. 

Nesses cenários, vale sempre atentar ao que diz a política de viagens da empresa — esse é o documento básico que vai ditar o que pode e o que não pode ser feito na viagem, além de quais responsabilidades são do viajante e da empresa.

Quem define, na prática, o que é deslocamento administrativo e o que é viagem corporativa é o gestor de viagens. Critérios como qual é a quilometragem que diferencia um processo do outro ou quais são as despesas reembolsáveis em cada caso são validados por ele. Isso porque cada uma dessas situações demanda recursos e logísticas diferentes e, por isso, a diferença deve ser clara para o viajante. 

Por exemplo, um evento que acontece a menos de 100km de distância do escritório pode se caracterizar por um deslocamento administrativo, enquanto uma atividade que acontece a mais de 100km já poderá ser enquadrada como viagem. 

É importante frisar que a definição exata depende de cada política de viagens, bem como sua estrutura de viagens. Em caso de dúvidas, a política de viagens estabelece o que é a viagem a trabalho e quais são suas características.

O que a CLT diz sobre o deslocamento administrativo?

Na legislação brasileira, não é possível encontrar especificamente o termo “deslocamento administrativo”. No entanto, o artigo 4º da Consolidação das Leis do Trabalho cita:

“CLT, Art. 4º – Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.”

Para entender melhor como funciona o deslocamento administrativo na sua empresa, é importante ficar por dentro da política de viagens e das normas determinadas por ela para cada caso, pois é ela quem vai definir a quilometragem considerada deslocamento ou viagem e outros pontos importantes.

Quais as semelhanças entre viagem corporativa e deslocamento administrativo?

Tanto a viagem corporativa quanto o deslocamento administrativo tem o mesmo objetivo comum: representar a empresa e seus interesses fora da sede. 

Podem se enquadrar nas atividades que demandam deslocamento: 

  • participação em reuniões;
  • presença em eventos;
  • palestras e conferências;
  • visitas a cliente;
  • treinamentos ou cursos;
  • expansão de negócios;
  • contato com fornecedores;
  • dentre outras atividades de negócios. 

As viagens corporativas e os deslocamentos administrativos são aliados importantes para fomentar negócios. 

Por meio do contato pessoal, os colaboradores podem interagir com clientes, fornecedores e parceiros, criando uma rede de networking para o viajante e consolidando a presença da empresa no mercado. 

Dados de uma pesquisa de 2024 da Global Business Travel Association (GBTA) mostram que 85% dos viajantes corporativos consideram a viagem corporativa fundamental para o sucesso dos negócios. O número reforça que o contato presencial, além de meetings e calls virtuais, tem papel básico para firmar contratos e parcerias. 

Portanto, seja em deslocamento mais breve ou em viagem mais extensa, representar os interesses da empresa em eventos ou ações corporativas pode ser uma estratégia alinhada com os objetivos de crescimento do negócio. 

Sua empresa não tem uma política de viagens definida e você não sabe por onde começar? Confira o modelo gratuito que a Onfly preparou para tornar a sua gestão muito mais prática! 

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Elaine Maciel
Elaine Maciel

Elaine é comunicóloga pela UFSJ e embarcou no desafio de fazer parte do time de comunicação e marketing da Onfly como Analista de Conteúdo. Para conversar com ela, basta enviar um e-mail para elaine.maciel@onfly.com.br!