MTur publica guia sobre como receber bem turistas LGBTQIA+

O Brasil é um dos países com maior potencial turístico, por conta da cultura, gastronomia e paisagens naturais. Por conta disso, é fundamental lidar bem com a diversidade de pessoas que visitam o país.

A quantidade de turistas LGBTQIA+ apresentam crescimento ao longo dos anos e eles possuem maior capacidade econômica em toda a América Latina, segundo o Fórum de Turismo LGBT.

Como forma de democratizar o acesso ao turismo no país, além de gerar lazer e bem-estar, o Ministério do Turismo, em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, disponibilizaram a cartilha “Dicas para atender bem turistas LGBTQIA+” .

O guia está disponível online, podendo ser acessado por smartphones, tablets ou por desktop. Para conhecer mais sobre a cartilha e acompanhar como esse atendimento pode ser aplicado nas viagens corporativas, acompanhe o conteúdo abaixo!

O que diz a cartilha sobre turistas LGBTQIA+

O guia traz uma contextualização de termos fundamentais para um melhor atendimento de turistas LGBTQIA+, relacionados à identidade de gênero, orientação sexual e outros. Além disso, há boas práticas que podem ser usadas em estabelecimentos comerciais ou durante as comunicações.

A seguir, confira alguns dos principais tópicos presentes na cartilha.

Identidade de gênero

Enquanto convenções e construções sociais de cada cultura, a identidade de gênero refere-se às vivências individuais das pessoas acerca do gênero, seja ele binário, como masculino e feminino, seja não binário ou gênero fluido.

Orientação sexual

Aqui enquadram-se classificações como homossexualidade, heterossexualidade, bissexualidade e outras. Elas dizem respeito à forma de afeto e sexualidade sentida pelas pessoas.

Atendimento em hotéis, restaurantes e recepções

Após apresentar os conceitos básicos para atender bem os turistas LGBTQIA+, o guia fornece algumas práticas a serem seguidas em estabelecimentos comerciais, como em restaurantes e hotéis.

Por exemplo, é essencial sempre tratar as pessoas conforme o gênero que ela se identifica, nas formas de tratamento ou nos pronomes para se referenciar à pessoa. Também, é possível utilizar frases que não apresentam gênero. 

Outro exemplo, diz respeito às promoções feitas para casais nos estabelecimentos. É importante que elas contemplem turistas LGBTQIA+ que são casais, sem discriminação.

Legislação

A Constituição Federal de 1988 garante o bem-estar da população independente de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outros, prevendo medidas de punição diante de discriminação dos direitos fundamentais.

A LGBTQIAfobia é o preconceito, como violência ou intolerância, diante da identidade de gênero ou orientação sexual. Como forma de garantir proteção do público LGBTQIA+, o Governo Federal possui o Disque 100, em casos de denúncias de desrespeito aos direitos humanos. Além disso, o número 180 garante denúncias de violências contra mulheres, inclusive trans e travestis.

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Como isso se aplica nas viagens corporativas

Ainda que a cartilha seja direcionada aos turistas LGBTQIA+, essas são práticas que também devem ser seguidas durante as viagens corporativas, afinal, há uma diversidade de viajantes a trabalho.

Por isso, seja em uma reunião com o cliente ou durante o evento corporativo, os colaboradores devem ter atenção às etiquetas a serem seguidas, como previsto na política de viagens. Tudo isso, com o objetivo de ter um tratamento mais respeitoso, além de uma postura profissional durante a viagem.

Mostre respeito na mesma medida

Demonstrar respeito pelas pessoas é essencial em qualquer relação pessoal, inclusive durante as viagens corporativas. Ter cortesia e naturalidade com os clientes, fornecedores e outros colaboradores durante reuniões e eventos corporativos, independente de identidades ou orientações sexuais, gera um clima de maior respeito e harmonia.

Não faça piadas ou comentários preconceituosos

Seguindo na linha da primeira prática, tire do seu vocabulário comentários preconceituosos para as pessoas. No lugar, use pronomes de tratamento e, em caso de dúvida, prefira perguntar diretamente como a pessoa prefere ser chamada. Isso evita constrangimentos e outros problemas de comunicação.

Trate pelo nome social 

A Constituição Federal garante o direito para que as pessoas sejam chamadas da forma como preferem. Para as pessoas transgêneros, o nome social é parte dessa identidade. Sendo assim, durante as viagens a trabalho, é importante estar atento para que o nome da pessoa esteja sendo respeitado.

Promover um espaço de respeito às diversidades, seja para acolher melhor os turistas LGBTQIA+, seja para ter mais cordialidade durante as viagens corporativas, é um dever de cada pessoa. Se você quer conhecer mais dicas para promover um melhor ambiente durante suas atividades corporativas, se inscreva na nossa newsletter!

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Maria Eduarda Carvalho
Maria Eduarda Carvalho

Maria Eduarda é jornalista, com formação complementar em Letras, pela UFMG. Ela atua como Analista de Conteúdo da Onfly e, para entrar em contato, basta enviar um e-mail para maria.silva@onfly.com.br!