Viagem a trabalho durante a gravidez: como se preparar?

Viajar a trabalho já exige organização, mas, quando a colaboradora está grávida, esse cuidado precisa ser dobrado e respeitado.
Mas calma: gravidez não é sinônimo de limitação! Com o planejamento certo, uma viagem corporativa pode acontecer com segurança e bem-estar para a gestante e para o bebê.
Neste guia, reunimos as principais dúvidas e orientações sobre viagens a trabalho durante a gestação.
Qual meio de transporte é mais seguro para grávidas viajarem a trabalho?
Primeira dúvida é a escolha do meio de transporte certo para viagens durante a gravidez. Afinal, esse é um dos primeiros passos para garantir o conforto e a segurança da gestante.
Cada opção tem seus prós e contras, e a decisão deve levar em conta o tempo de deslocamento, o estágio da gravidez e, claro, a recomendação médica.
Para te ajudar, selecionamos os principais meios de transporte e quais as vantagens e desvantagens de cada um quando o assunto é viagem a trabalho durante a gravidez!
Carro
O carro costuma ser a alternativa mais prática em viagens de curta distância.
Isso porque, ao viajar de carro, as grávidas têm mais liberdade para fazer paradas, adaptar o trajeto e manter o conforto. Neste caso, o ideal é realizar pausas regulares para esticar as pernas, manter uma boa postura com o auxílio de almofadas lombares e ajustar o cinto de segurança para que ele fique abaixo da barriga, sem pressionar o útero.
Avião
Voar grávida é permitido, sim! Mas exige alguns cuidados extras.
Por exemplo, até a 28ª semana, a maioria das companhias permite o embarque sem exigências, mas, a partir disso, pode ser necessário apresentar um atestado médico.
Neste caso, seja lá o tempo de gravidez, em viagens mais longas, é importante levantar-se e caminhar a cada duas horas para evitar problemas circulatórios.
Se possível, a empresa pode reservar assentos no corredor para facilitar a mobilidade. E, claro, as gestantes devem falar com o obstetra antes de embarcar.
Ônibus
Apesar de comum em viagens corporativas nacionais, o ônibus é o meio menos indicado para grávidas, especialmente em trajetos longos.
As vibrações constantes, os banheiros nem sempre acessíveis e o espaço reduzido tornam o transporte desconfortável, mas, se essa for a única opção, priorize empresas com poltronas leito e consulte o médico antes da viagem.
Qual o limite para viajar grávida?
Não existe uma regra única que define até quando a mulher pode viajar grávida, tudo depende da saúde da gestante e do andamento da gestação. Mas alguns parâmetros ajudam a entender o que é mais seguro em cada fase.
Durante o primeiro trimestre, é comum que a mulher sinta enjoos, cansaço e sensibilidade a cheiros e movimentos, por isso, a recomendação é evitar viagens longas ou muito cansativas.
Já no segundo trimestre, geralmente considerado o “período de ouro” da gestação, os sintomas amenizam e o corpo ainda tem mobilidade, o que pode indicar um bom período para viagens.
Sobre o terceiro trimestre, a mobilidade diminui, o risco de parto prematuro aumenta e o conforto vira prioridade total, sendo assim, não é indicado para viagens.
Além disso, como falamos anteriormente, algumas companhias aéreas também estipulam limites: muitas exigem atestado médico a partir da 28ª semana e podem recusar o embarque após a 36ª.
Em qualquer caso, vale reforçar: a palavra final é sempre do obstetra.
Quais são os direitos trabalhistas para gestantes?
Nem toda colaboradora sabe, mas a legislação brasileira oferece uma série de proteções para quem está grávida, inclusive durante viagens corporativas.
Isso significa que a empresa tem o dever de garantir segurança e apoio para que a gestante cumpra sua agenda com tranquilidade (ou possa, inclusive, recusar um deslocamento, se for o caso).
A trabalhadora grávida tem o direito de recusar uma viagem se houver risco à sua saúde ou à do bebê. Também é assegurada a estabilidade no emprego desde o início da gravidez até cinco meses após o parto.
Além disso, é dever da empresa oferecer condições adequadas de trabalho, o que inclui transporte apropriado, hospedagem confortável e flexibilidade de horários durante a viagem.
Outro ponto importante: se houver recomendação médica para não viajar, a gestante pode ser remanejada para funções remotas ou solicitar a dispensa da viagem sem prejuízo salarial.
5 cuidados que a grávida deve ter ao fazer uma viagem a trabalho
Para qualquer viagem, o planejamento é tudo, e no caso da gestante, ele vai além da logística de passagem e hospedagem.
É preciso cuidar da alimentação, do conforto e da rotina durante o deslocamento, para evitar imprevistos e ter uma experiência tranquila.
Para ajudar, listamos os principais pontos de atenção quando o assunto é viagem a trabalho durante a gravidez:
Alimentação
Viajar a trabalho também é a oportunidade de experimentar novas culinárias, mas, acredite, é melhor evitar as comidas diferentes ou muito temperadas durante os deslocamentos.
Aposte no certo e nos lanches de costume, além de investir em uma alimentação mais equilibrada e leve, como frutas secas, castanhas, barrinhas e água de coco, por exemplo.
Outro ponto importante é manter os horários das refeições, afinal, isso também ajuda o corpo a não sentir tanto a mudança de ambiente.
Hidratação
Esse ponto é muito importante! A ingestão de água deve ser constante, especialmente durante voos, que desidratam mais facilmente.
Por isso, deixe uma garrafinha sempre por perto e evite bebidas diuréticas, como café em excesso ou refrigerantes.
Roupas confortáveis
Para qualquer viagem, seja de longa ou curta distância, é importante priorizar roupas leves, que não apertem a barriga e que permitam a movimentação.
Além disso, nada de salto alto ou sapatos apertados: quanto mais conforto, menor o risco de inchaço, dor nas costas ou quedas.
Planejamento de horários
Viajar grávida exige uma agenda menos apertada, sem correr contra o tempo. Por isso, é importante reservar tempo para pausas, alimentação e possíveis imprevistos, sendo assim, os compromissos devem ser organizados com intervalos maiores entre um e outro.
Outro ponto é evitar deslocamentos noturnos, afinal, esses podem mexer muito com o sono, fator essencial durante a gravidez.
Comunicação com equipe médica e RH
O ideal é sempre consultar o obstetra antes da viagem, especialmente se ela for de longa duração ou envolver múltiplos deslocamentos.
É importante que as grávidas tenham em mãos um laudo com as orientações médicas e compartilhe com o RH da empresa, para garantir o suporte necessário.
Como a empresa pode apoiar a colaboradora gestante?
Já deu para notar que quando falamos em viagens corporativas durante a gestação, o papel da empresa vai além da logística.
É uma questão de cuidado, acolhimento e responsabilidade, por isso, garantir que a colaboradora se sinta segura, confortável e respeitada em cada etapa da viagem é também uma forma de fortalecer a cultura organizacional.
Esse apoio pode começar no planejamento: com opções de transporte mais confortáveis, sem deslocamentos longos e fora de horário comercial, na escolha de hospedagens bem localizadas e com boa estrutura.
Também é essencial flexibilizar agendas, respeitar pausas e manter canais de comunicação abertos com o RH ou com um gestor direto.
Plataformas de gestão de viagens, como a Onfly, contribuem bastante nesse processo!
Com a possibilidade de personalizar políticas de viagens de acordo com o perfil da sua empresa, centralizar reservas e acionar suporte humanizado em tempo real, a empresa ganha mais controle e a gestante, mais tranquilidade.
Tudo isso torna a experiência de viajar a trabalho mais leve, mesmo em um momento tão sensível como a gravidez.
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