Olá,
Meu nome é Vinícius Ribeiro, faço parte do time de marketing da Onfly, startup de viagens corporativas que está revolucionando a maneira de como as empresas viajam a trabalho. Nos dias 28 e 29 de Novembro, estive em São Paulo no CASE, o maior evento de startups da América Latina.
Passei dois dias com uma imersão 360º no evento e vi pessoas de todos os cantos do Brasil, Millennials, Baby Boomers e Geração Z mergulhando de cabeça em palestras, mentorias, networking, rodas de conversa e experiências no mercado de startups.
Você já se perguntou como o mercado de startups está mudando o jogo do mercado brasileiro e mundial?
Você provavelmente está cansado daquela mesma história da Uber, Netflix e Airbnb terem revolucionado o jeito que você se desloca pelas cidades, assiste filmes e se hospeda durante suas viagens.
Nesses dias que passei no Case, conversei com empreendedores e pessoas incríveis que se encontram em diferentes estágios de suas empresas. Startups nas fases de early stage navegando em ideias e MVPs, e também outras que já se encontram em processo de Growth, Consolidação que já adquiriram certa maturidade de mercado.
Já vi empresários se remoendo de medo por pensarem que podem perder espaço para essas pequenas empresas que possuem a inovação no cerne do negócio e também já vi outros que são apaixonados por inovação e enxerga esses modelos como uma forma de repensar seu negócio. Existem empresas com modelos negócios incríveis e até mesmo inimagináveis em um primeiro momento, conversei com o CTO de uma startup que produz mapas mentais focada em produzir conteúdos do curso de Direito, eles trabalham com um plano de assinatura no qual os estudantes e profissionais conseguem ter o todo o conteúdo de um livro gigante de Direito em alguma páginas de forma sintetizada e fácil ( acredite, eles estão bombando).
Até mesmo empresas mais tradicionais no mercado como a ArcelorMittal com o AçoLab, Bradesco com a Inovabra e o Banco Itaú com o Cubo, estão atentas a essa nova economia. Por meio de investimentos, incubadoras e aceleradoras, essas corporações procuram incorporar startups que possuem um alto potencial de crescimento aos seus negócios.
Lei Geral de Proteção de Dados – Desafio ou Oportunidades para startups?
Esse era o exato título da palestra que participei junto a InLoco (startup de inteligência de dados), Facebook e Google. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) que entrará em vigor no ano que vem em Agosto de 2020, foi um tema bastante debatido entre os palestrantes dessa edição do CASE.
Mas o que é a LGPD? Basicamente, essa lei dará poder dos dados ao próprio usuário e irá trazer mais segurança aos mesmos. Quantas vezes já cansamos de fornecer dados pessoais às empresas como idade, sexo, e-mail, endereço e até mesmo dados sensíveis como religião? Por meio disso, as empresas tinham total controle das informações dos usuários na qual as guardavam em banco de dados, o que consequentemente lhes davam poder sobre a sua privacidade, algo bastante comum na China, lugar onde tudo está conectado e a privacidade não entra em questão quando o assunto é melhorar a segurança do país, e criar um império por meio dos dados, afinal de contas, “Data is the New Oil”.
Na contramão, o Brasil entrará com a Lei Geral de Proteção de Dados em breve e as empresas devem se adequar à este novo cenário ou serão passíveis de processos, além de buzz negativo nas mídias. Agora, a empresa deverá informar ao usuário como irá usar os dados do usuário e caberá a ele se permitirá o uso desses dados ou não.
É esperado que várias oportunidades de trabalho apareçam no mercado, tendo em vista que a segurança cibernética será primordial e vital para a sobrevivência de um negócio no Brasil. Além disso, posso dar absoluta certeza que novos modelos de negócio irão surgir nos próximos anos em virtude da LGPD, e infelizmente, alguns irão morrer.
A Indústria 4.0: Realidade ou Utopia?
Outro assunto bastante abordado durante o evento foi sobre o fenômeno da Indústria 4.0. Antes para alguns uma utopia, cada vez mais vemos tecnologias, sistemas, máquinas e ferramentas no mercado interagindo entre si.
O tratamento de dados em tempo real já é realidade para as empresas mais modernas no mercado e até mesmo as entidades públicas já estão se atentando a isso na busca da construção das “smart cities”. Na cidade de São Paulo, cujo trânsito é um dos mais caóticos do Brasil, o morador paulistano chega a perder cerca de 45 dias por ano para fazer deslocamentos diários. Agora o mais interessante… Sabe como esse trânsito é monitorado? por meio de agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) de SP em de pontos altos da cidade, utilizando binóculos e atualizando a central sobre a situação do trânsito na capital paulista. O mais problemático é que de acordo com o portal de notícias G1, essa metodologia de monitoramento só é eficiente em 5% dos casos.
Já a cidade de Porto Alegre, indo na direção oposta, é a primeira cidade do mundo fora da China a utilizar uma ferramenta que fornece informações em tempo real sobre o trânsito por meio de uma mapa de fluidez com a velocidade média das vias e nível de desempenho dos semáforos. Isso é a IOT (Internet of Things) se aplicando a realidade na sua essência mais pura. Esse tipo de tecnologia foi muito visto também no CASE 2019, startups e empresas que trabalham com inteligência de dados, big data e até mesmo mapas de calor que mostravam no evento por meio de um monitor, as áreas com maior concentração de pessoas em tempo real ( Já pensou o tanto que isso é rico para tomada de decisões estratégicas em uma próxima edição do CASE?)
Certamente, aquela história de que vários empregos vão sumir do mapa é real, porém é necessário pontuar que outros novos irão surgir, você sabia que um estudo da Dell Technologies ao IFTF (Institute For The Future) afirma que 85% das profissões de 2030 ainda não existem?As máquinas e sistemas surgem nessa era como ferramentas de auxílio ao seu trabalho com o foco na produtividade do trabalhador . Cada vez mais, empregos puramente manuais ou ultrapassados serão substituídos pela máquina, porém cabe ao profissional atual se reinventar no mercado de trabalho. Lembre-se que o seu lado humano não poderá ser nunca ser trocado por um robô.
Esses foram somente alguns dos exemplos que peguei para falar sobre a Indústria 4.0, se a gente parasse para discutir sobre esse assunto ainda um pouco que polêmico, daria para escrever um outro artigo não é mesmo? Se reinvente, se especialize em um assunto relevante e seja foda no que você faz 🙂
O que ficou do evento?
Como falei no início, o evento foi um sucesso, principalmente para a Onfly, captamos centenas de leads e mesmo com um stand pequeno, construímos iscas interativas que chamavam atenção do nosso público que possuia total fit com o nosso negócio.
Sabe o que ficou? As pessoas estão em busca de experiências, as pessoas viajam para vivenciar momentos inesquecíveis, meu propósito dentro do Marketing na Onfly é proporcionar a melhor experiência para o nosso cliente, seja ele por meio do contato com a nossa plataforma, ou mesmo em um evento com milhares de pessoas de todo o Brasil.
Um segundo aprendizado e o principal: Não tenha medo de fazer conexões, elas podem mudar o rumo da sua empresa. Se você tem uma ideia, não tenha medo de expor ela, uma ideia em um lindo slide do Powerpoint é somente uma ideia. Aproveite esses eventos para usar e abusar da criação de networks, são ferramentas poderosas para a criação de insights, assim como ecossistemas. Talvez você não consiga um novo sócio ou um investimento da SoftBank, mas pode ser o que estava faltando para fechar uma parceria e dar aquele “match” com um outro negócio que vai te fazer voar!
Para finalizar, sempre aproveite ao máximo esses eventos para se atualizar das novas tendências e realidades do mercado, tem muita gente sinistra por ai e as vezes, megaeventos como esse, podem marcar a sua carreira e te tornar um profissional diferenciado no mercado.
“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.” – Peter Drucker