Imagine que você tenha uma reunião de negócios no Rio de Janeiro numa sexta feira e após esse dia você está livre para turistar na cidade maravilhosa? Já falamos algumas vezes em nosso blog que a combinação dos negócios e do lazer, o famoso bleisure ( o termo é uma junção das palavras business + leisure em inglês) já é uma realidade e não mais uma tendência entre o público mais jovem, que já busca aproveitar e curtir o destino visitado ao mesmo tempo em que realiza seus afazeres do trabalho.
Quase todas as principais viagens de negócios e eventos ao redor do mundo foram cancelados por causa das consequências do coronavírus. Na medida em que existe a retomada das viagens corporativas após período crítico do isolamento social é exponencial a vontade dos millennials em explorar novas formas de se trabalhar e aproveitar uma viagens de negócios.
Quais são as atrações da região em que vou viajar? O que o local oferece? O que consigo fazer sem extrapolar o budget da viagem? A justificativa é que esse formato pode expandir a criatividade quando se permite conhecer a cultura e o turismo local, e chegar com ainda mais vontade e insights de contribuir com o crescimento da empresa.
O que há com o Bleisure?
Qualidade de vida é algo bastante almejado pela geração atual, portanto algumas empresas seguem atentas a essa realidade e adaptam a política de viagens para torná-la mais próxima do colaborador sem perder suas regras padrões. Muitos acreditam que esta esticadinha em viagens corporativas, quando há esta possibilidade, se torna uma espécie de relação fidelizada. É bom para o colaborador e é bom para a empresa, ou seja, há ganhos mútuos em tendências como esta.
Diante de todo o cenário vivido com a pandemia, a produtividade desses profissionais está diretamente relacionada à qualidade dos serviços e à otimização do tempo, que, sem dúvidas, vale ouro. Especialmente aos adeptos do bleisure, sair para se divertir e conhecer pessoas novas pode ser a parte mais especial de uma viagem a trabalho para impulsionar relações de trabalho.
Antes da pandemia, escrevemos por aqui que viajar a trabalho não precisa ser algo entediante ou meramente burocrático, sempre é possível conciliar suas tarefas profissionais com seus momentos de lazer e damos o exemplo do carnaval para isso. Afinal nada melhor do que o carnaval para fazer este trabalho de encantamento.
Mas esta mentalidade é algo ainda bastante discutível entre as empresas mais tradicionais, afinal muitos acreditam que trabalho é trabalho e lazer é lazer. E que esta prática pode desacelerar alguns parâmetros da viagem corporativa, na medida em que combina o prazer de uma viagem de férias com a responsabilidade nos negócios.
Além disso, alguns viajantes costumam viajar com o cônjuge ou com outros colegas de trabalho ao fazer uma viagem a negócio, o que pode causar alguns atritos na hora do reembolso ou de prestações de contas do cartão corporativo, por exemplo.
É importante que as organizações tenham uma boa gestão de riscos dentro das suas políticas de viagens. Afinal, acidentes e imprevistos podem acontecer e é preciso saber o passo a posso do que ser feito nestes casos, para não causar maiores transtornos para ambos os lados. E há leis que falam sobre as diretrizes e considerações sobre acidentes em viagens de trabalho, por exemplo. Além das práticas de reembolso.
Os rumos do Bleisure em 2022
De acordo com um relatório da Future Market Insights (FMI), o mercado de turismo de bleisure deve atingir uma avaliação de US$ 497,5 bilhões em 2022, com vendas crescendo em um CAGR de 19,5% durante o período de avaliação.
A quarentena, a partir de março de 2020 no Brasil, trouxe esta obrigação em se manter dentro de casa e com isso a ansiedade, inquietude e sentimento de perda de liberdade modificaram a forma de se pensar viagens. Se tiver alguma brecha, e puder fazer aquele “bleisure” básico, porque não agarrar esta chance? Toda oportunidade de sair da rotina após esse período pandêmico mais crítico é motivo de satisfação. E para muitas empresas este sentimento do colaborador é o que rege.
Um outro estudo realizado pela Expedia Group revela o interesse em combinar trabalho e lazer. Para se ter uma ideia, 56% dos entrevistados que costumam trabalhar remotamente ou a negócios farão uma viagem no estilo bleisure – estendendo uma viagem de trabalho por lazer ou vice-versa.
Um fato é que a pandemia reformulou a forma como jovens adultos atuam em relação ao trabalho. O modelo de viagem bate e volta se tornou motivo de rejeição em muitos ambientes de trabalho por justamente não promover esta conexão entre lazer e trabalho. Afinal, é cansativo certos tipos de locomoções unidas com o alto teor de estresse que uma reunião pode causar.
Os jovens e adultos que surfam nessa tendência, que não é nenhuma novidade, querem firmar novos tipos de sensações profissionais e pessoais nestas viagens.
E você? Já teve esta experiência de mesclar viagens de negócios com lazer? Assine nossa newsletter e fique por dentro de outras tendências como esta.
